Bom dia, boa tarde, boa noite gente bonita, hoje, independente da hora que você for ler sobre isto, você já sabe que não é a toa né?
Me deparei com um questionamento sobre soberania alimentar e a pessoa dizia que você podia comer qualquer coisa dentro de um esquema harmônico de soberania alimentar. Ai, um cidadão questionou sobre o veganismo.
Senti-me inspirada e quis compartilhar minha visão das coisas:
A soberania alimentar é um conceito que se refere ao direito dos povos e das nações de determinarem suas próprias políticas alimentares e agrícolas de forma autônoma e sustentável. Isso inclui o direito de escolher seus métodos de produção de alimentos, proteger e controlar suas sementes, garantir o acesso a alimentos nutritivos e culturalmente adequados, bem como promover a agricultura local e sustentável.
O que é essencial é que, independentemente da escolha alimentar individual, a busca por um sistema alimentar mais justo, sustentável e consciente é um objetivo comum que pode beneficiar a humanidade e o planeta como um todo. É fundamental equilibrar as necessidades humanas com a proteção do meio ambiente e o respeito a todas as formas de vida. Para mim, a resposta fica dentro do lindo universo da agroecologia e da permacultura.
Rótulos são limitantes e polarizantes. Pessoalmente, preciso de terminologias que sejam menos controversas. Por exemplo. O veganismo: tem gente que simpatiza e tem gente que tem ódio. Não acho produtivo. E talvez o veganismo nem descreva adequadamente o que quero dizer. Acho que uma alimentação baseada em plantas (plant-based diet) seria mais correto, pois o veganismo é um ato político que vai além da alimentação. Independentemente do ato político de comer e viver sem exploração animal, creio que a discrepância brutal da quantidade de alimento vegetal produzida por litro de água e m2 de terra utilizada em relação ao alimento animal é gritante, e neste sentido, a soberania alimentar é mais facilmente garantida para todos no planeta. Não concorda?
Além do mais, sem cair na filosofia, mas ficando estritamente com a fisiologia do corpo mesmo, ingerir a adrenalina e o cortisol (sem contar os antibióticos e outros fatores de crescimento injetados nos animais consumidos) não faz bem para o ser humano. Dificilmente esses neurotransmissores irão deixar um homem calmo e pacífico (e são desses seres de luz que o mundo precisa!).
De fato, a produção de alimentos à base de plantas geralmente requer menos recursos naturais, como água e terra, em comparação com a produção de alimentos de origem animal. Essa é uma das principais razões pelas quais muitos argumentam que uma dieta baseada em plantas pode ser mais sustentável e contribuir para uma maior soberania alimentar, especialmente em um mundo com crescente demanda por alimentos e recursos naturais limitados.
Além do mais, a ingestão de hormônios e substâncias presentes em animais criados em condições intensivas de produção é uma preocupação para muitas pessoas. De fato, alguns estudos têm mostrado que certos hormônios e neurotransmissores podem estar presentes na carne e podem potencialmente afetar os consumidores. É claro que precisamos estudar mais e mais e mais… E ao mesmo tempo, quantas vezes a nossa ciência com visão afunilada já não nos enganou e impediu de conectar os pontos de uma visão sistêmica?
Independentemente das razões individuais para adotar uma dieta baseada em plantas ou abraçar o veganismo como uma filosofia de vida, o aumento do interesse e da conscientização em relação a essas questões é um sinal positivo. A escolha de uma alimentação consciente pode ter benefícios para a saúde, o meio ambiente e o bem-estar animal. É importante lembrar que cada pessoa tem suas próprias circunstâncias e motivações pessoais para suas escolhas alimentares, e o respeito à diversidade de perspectivas é fundamental nesse debate. O importante é buscar uma dieta equilibrada e saudável, que respeite os valores pessoais e seja sustentável para o planeta.
Tem escolhas, possibilidades, valores, sistemas de crenças, localizações geográficas, potencial aquisitivo, disponibilidades e disposição. O ser humano é um balaio cheio de surpresas e o verdadeiro diferencial é diante do cenário e na luz de sua consciência, o que é que você irá escolher fazer? Na minha humilde perspectiva, eu diria: pegue o caminho do meio!
Mas a real pergunta é: o que é que você irá escolher Ser?
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